sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Super cola.

De minha mão desastrada

Outro verso escorregou,

Porcelana delicada,

Nessa linha se quebrou.


Cato os pedaços e agrupo,

Como num quebra cabeça,

Arrumando os fragmentos

Numa estrofe improvisada

De disformes peças brancas,

Tentando em vão restaurar

A poesia quebrada...


Poemas são como vasos

Que pedem por conteúdo,

Sejam profundos ou rasos,

Querem se encher de sentidos.

Mas, melhor que os primeiros,

Não precisam estar inteiros.

Podem ser feitos em cacos

E ainda ser preenchidos.

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